Estandartes do Sa'yen
por B. R. Stateham
uma crítica de António Martins-Tuválkin
publicada em 18.09.2001
republicada em 09.10.2003
Acabei de reler Estandartes do Sa'yen (B. R. Stateham, Caminho 99, tradução de Paula Reis). É a história de um viajante espacial "normal" que naufraga num planeta civilizacionalmente regredido e reevoluido, onde uma topografia acidentadíssima favoreceu o desenvolvimento de navios aéreos, uma espécie de caravelas com um balão de hélio (?) fechado no casco e mastros em cima e em baixo (no que o boneco da capa falha miseravelmente). O tal tipo é aclamado como uma divindade encarnada em humano, há piratas, reis, frades e donzelas, há lutas de espadachim e batalhas aeronavais de canhonada e abordagem, etc. etc.
O estilo é algo maçudo (escrito na primeira pessoa do «braço direito do Senhor») e o enredo é básico e pouco cuidado. A obra data de 1981, mas podia ter sido bem mais antiga. É claramente uma primeira parte, mas a sequela, explicitamente indicada no epílogo, tanto quanto sei não foi publicada pela Caminho. Não tenho ideia de mais nada deste autor.
A tradução da Paula Reis é minimamente aceitável, apenas notei um clássico deception = decepção, em vez de engano - mas o estilo é por vezes confuso e pouco elaborado. Culpa da tradução ou talvez do autor.
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